
Empresas brasileiras têm a oportunidade de destinar até 10% dos tributos devidos para projetos sociais e culturais por meio das leis de incentivo fiscal. No entanto, essa possibilidade ainda é pouco explorada, segundo Felipo Nichetti, CEO da FS4YOU. Durante um evento sobre tecnologia e sustentabilidade corporativa, Nichetti destacou que menos da metade dos recursos disponíveis para esse tipo de destinação são efetivamente utilizados.
“Hoje, existe uma verba liberada para esse perfil de destinação, mas que não chega a ser 50% utilizada. Temos uma subutilização dessa possibilidade, que poderia beneficiar projetos alinhados às demandas da própria sociedade”, afirmou o executivo.
Para Thaís Carneiro, CEO da FIND, a destinação de tributos para iniciativas sociais faz parte da agenda ESG (Environmental, Social and Governance), que tem se tornado uma prioridade para muitas companhias. A iniciativa não apenas reforça o compromisso social das empresas, mas também pode representar um diferencial estratégico no mercado.

“A pauta ESG vai além da sustentabilidade ambiental. O aspecto social também deve ser considerado, e a destinação de tributos é uma maneira prática de impactar positivamente a sociedade”, ressaltou Nichetti.
O evento contou com a participação de especialistas da área tributária, marketing e recursos humanos, que discutiram as formas de implementação dessas iniciativas dentro das empresas.
A expectativa é que, com mais informação e incentivo, um número maior de empresas passe a aproveitar essa possibilidade, contribuindo para o fortalecimento de projetos sociais e culturais no país.
O evento foi promovido pela FIND em conjunto com a FS4YOU na última segunda-feira (24.fev), na sede do escritório Simões Pires, em São Paulo.
O encontro contou ainda com falas de Cátia Teves Teixeira (Eletromidia) e Nicholas Meira (PMI), compartilhando cases reais sobre como grandes corporações aplicam o TAX ESG.